10/07/2006

LAMEIRINHAS INDIGNADO

Lameirinhas, terceiro classificado na última temporada, estreou-se com uma derrota em Boticas por 8-7. Contudo, os egitanenses garantem que o golo do triunfo transmontando foi conseguido já depois do apito do árbitro. A equipa-sensação de 2005/06 na Série A da II Divisão (onde chegou repescada do terceiro escalão devido a desistências), repetiu o inicio da última temporada ao perder na ronda inaugural.Desta feita, o mau arranque aconteceu em Boticas, uma estreia neste escalão, com a formação da Guarda a perder por um tangencial 8-7. No entanto, o treinador dos egitanenses garante que o golo do triunfo transmontano foi conseguido depois da hora, queixando-se ainda da actuação do árbitro bracarense Agostinho Silva.

“Foi um jogo muito esquisito, com coincidências a mais. A coincidência de termos no jogo de abertura o mesmo árbitro da última época, a de nos expulsar dois dos nossos jogadores mais influentes (Marcos Santos e Rui Vendeiro), e, para dourar a pílula, o Boticas faz o golo da vitória depois do árbitro ter apitado para o final do encontro. Pensava que tinha visto tudo no futsal mas afinal estava enganado”, começa por dizer Paulo Alves. “Há coisas que não compreendo: o senhor Agostinho Silva, da AF Braga, todos os anos dá problemas e continua. Já na última época nos prejudicou e curiosamente perdemos. Agora foi isto. Outra curiosidade é que este senhor nos foi nomeado para nos apitar na Guarda é sempre para jogos fora de casa. São muitas coincidências”, indica. “Não costumo falar de arbitragens mas já na segunda volta do ano passado vi coisas muito estranhas, parece que o facto do Lameirinhas estar nos primeiros lugares incomoda muita gente. Este ano começou cedo, devemos meter muito medo a alguém”, refere, afirmando que o Lameirinhas não vai fazer qualquer exposição à FPF. “O árbitro assumiu o erro no final e temos o jogo gravado. Mas não vale a pena, sabemos que não vai dar a nada”, lamenta.
No entanto, o técnico do Lameirinhas iliba o adversário de qualquer responsabilidade. “Não temos nada a apontar ao Boticas, as pessoas de lá foram impecáveis. Receberam-nos bem, bateram-se bem, acabaram por justificar o triunfo. Nós é que também não podemos sofrer oito golos num só jogo, há muito a corrigir. Mas, repito, o Boticas nada teve a ver com esta situação”, ressalva Paulo Alves.
O técnico do Boticas, o jovem estreante Tiago Barros, não corrobora a indicação do seu homólogo. Mas também não a desmente. “Sinceramente não me apercebi, não tenho ideia. Estava concentrado no jogo, preocupado em fazermos bem o 5 para 4. No entanto, por norma, não gosto de comentar arbitragens porque os árbitros são humanos e cometem erros como todos nós, eu e os meus jogadores incluídos”, refere.
O treinador considera que o triunfo da sua equipa é inteiramente justo. “Entrámos no jogo um pouco nervosos, o que é perfeitamente natural, pois estão pela primeira vez na Segunda Divisão, algo que já não deve acontecer no próximo jogo. Contudo, a segunda parte foi completamente diferente. Recuperámos de 2-4 para 6-4, controlámos a partida e apenas falhámos na organização defensiva e na falta de comunicação. Felizmente conseguimos vencer. Mas gostaria de dar os parabéns à equipa adversária, pois o Lameirinhas não é uma equipa qualquer, é uma equipa muito forte e equilibrada, com bastante experiência”, sustenta.
fonte: futsalportugal.net